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sábado, 19 de setembro de 2015

3H Resistência BTT - Barcarena

Pois é!

Ora, assim para começar já pelo final, mais um pódio para a Sandra!
Mais um brilharete da moça numa prova com uma organização exemplar da SPORTpontoCOME e em que a Sandra, mesmo sem meter a faca nos dentes, teve uma excelente prestação, tendo conseguido andar sempre relativamente perto da Filomena e nunca ser dobrada pela grande Sandra Araújo, vencedora do escalão Masters Femininas, sendo o segundo posto ocupado pela Mena e o terceiro pela minha companheira.
Uma prova de luxo, num percurso muito bom, com uma organização e equipa de topo.

Mas vamos por partes;

A prova teve início às 16h - devido às teimosias do cronómetro "apenas" começou às 16h07, mas isso não interessa nada - e foi  uma bela prova. A organização, inexperiente, ia informando os atletas desse facto vezes sem conta, pedindo logo à partida desculpas por algo menos bem conseguido. Desculpas essas que não só não foram necessárias, como pelo contrário, todos os elogios são devidos.
Extremamente profissionais e atentos. Motivadores e precavidos. Nunca faltou água, laranjas ou bananas e muita gente disposta a ajudar. Os "chuveiros" para refrescar para mais uma volta, uma palavra de incentivo para mais um esforço, tudo esteve afinado ao mais infimo detalhe, fazendo parecer uma organização com muito mais experiência.
E o espaço, senhores, o espaço. Os Nirvana Studios foram o palco de toda esta aventura e que palco foram! Não podia ter havido melhor espaço! Algo muito fora do padrão e com muita, muita, pinta... A proporcionar o cenário ideal a este brutal evento.

A nossa prova decorreu sem grandes percalços, com a Sandra a arrancar na frente para se bater com as grandes, e eu a sair de trás, junto com a malta amiga do GDCTINCM e onde fiquei na conversa com o grande Adelino. Mas nas primeiras pedaladas não resisti e fui tentar colar na roda da minha parceira, o que consegui quase 1km mais à frente, tal não está bruta a rapariga.
Devido a este evento ser da parte da tarde e nós estarmos pouco habituados a isso, acabámos por nos atrasar um pouco e preparar tudo meio à pressa. Meio à pressa, não! Muito à pressa, mesmo. E com isso acabei por me esquecer da alimentação para a corrida, assim como da bebida isotónica, pelo que apenas pudemos contar com que existia no abastecimento, colocado logo após a meta e na entrada para cada volta. Este estava recheado de bolos secos, laranja , banana e água. Foram os reforços disponibilizados mas que sempre existiram de forma abundante. A equipa aqui presente foi incansável na reposição de liquidos aos atletas, em encher cantis, em dar fruta, assim como uma palavra de incentivo. Eu parei aqui em todas as voltas, na excepção da minha última.

O terreno de jogo não estava fácil, de todo. Muito solto, com pouca tracção e muito, muito falso, deu-me alguns sustos nas primeiras voltas, principalmente na entrada do Singletrack do percurso, numa curva com contra-curva logo após a passagem pelos "chuveiros".
No entanto, é também devida uma palavra aos elementos da organização presentes em todos os pontos sensiveis do percurso, sempre com uma palavra de atenção, de alento e de incentivo. Mesmo muitissimo bom, a fazer inveja a organizações mais adultas.
O trajecto contava com 7kms e pouco mais de 150 metros de desnível acumulado, mas que eram todos vencidos numa única subida. Longa e com duas secções verdadeiramente empinadas e que proporcionou muitos encontros entre os atletas e o Homem da Marreta, que por aqui andou verdadeiramente atarefado. Eu e a Sandra apenas desmontámos na primeira vez que lá passámos e por erro meu na escolha da melhor trajectória e por perca de tracção. Das restantes cinco vezes que lá passei - e as seis da Sandra - não mais baixámos do selim, tendo trepado o monstro sempre a esmagar os pedais! "Afinal, o sapatinho novo não foi feito para andar no chão", como disse a Sandra no seu rescaldo, e muito bem!
As placas motivacionais ao longo da empinada subida estavam porreiras e serviram o propósito! O calor em nada ajudou durante as primeiras voltas.

A Sandra andou sempre na minha frente, e depois da minha paragem no Abastecimento Móvel para provar o braquinho fresquinho, tudo se tornou ainda mais complicado para mim. Foi uma daquelas parvoíces que só depois de feitas é que temos noção do quão estúpidas são!
Fiquei com o estomago a arder e cheio de azia para a restante prova. Fui passado pelo André Batista nesta altura e não mais me consegui colar na roda dele, embora os tenha visto por mais do que uma vez, quase ao alcance, mas não mais lhes cheguei, com excepção da última volta que fiz, mas na qual acabei por terminar "furado".

 Andei relativamente bem de motor, mas a azia no estomogo deu cabo de mim, tipo "pica-miolos". Na minha 5ª volta pisei no pedal a fundo e fui apanhar a Sandra e restante malta, André e Adelino incluídos, a meio da grande subida. Passei pelo companheiro Bandeira no meio daquela rampa, com ele apeado a descansar e a passar palavras de incentivo à malta!

No entanto, e a determinada altura, devido a uma pancada mais forte que recebi nas costas, fiquei com imensas dores na zona dos rins, dificultando-me mesmo imenso respirar. Com isto, os meus companheiros voltaram a ganhar uns metros de distância. Cerca de uns 100m para ser mais preciso. Continuei a martelar nos pedais como pude e ao chegar à zona final dos trilhos antes de entrar nos Estudios Nirvana, onde fazia um vento frontal desconfortável, acabo por furar, ao ultrapassar um companheiro mais lento que eu. Senti o pneu trilhar numa pedra e percebi de imediato que o estrago tinha sido grave. Estando a rolar com uma camara sem liquido fui derrotado por um "Snake bite". Quando passei para a minha 6ª volta, já depois de ter passado pelo controlo e com tempo de sobra, ainda pensava ser possível continuar e que o furo não fosse isso mesmo, um buraco! Mas ainda não tinha entrado na zona de gravilha depois do abastecimento e já levava a jante encostada ao chão.
Apesar de ter o carro uns metros mais à frente e lá ter tudo o necessário, já não tive "vontade" de remendar o pneu - nao tinha camaras extra - e seguir para mais uma volta. A tal que me colocaria a par com os meus companheiros. Aliado a essa pouca vontade, estiveram as dores nos rins que me mantinham em dificuldades para respirar, e o cansaço acumulado das voltas anteriores.
Todos juntos foram determinantes, ditando o meu "abandono" ainda antes de terminado o tempo regulamentar.

Fiquei apeado na zona do abastecimento e voltei para trás para retirar e entregar o Chip de controlo. E ali fiquei a ver a malta a chegar, malta amiga e conhecida, todos de sorriso no rosto, uns mais cansados que outros, mas todos a transbordar de BTT do bom, de adrenalina e realização!

Uma tarde excelente a todos os níveis! Uma organização excelente a todos os níveis! E a repetir assim que possível...

Vemo-nos por aí!
Abraçorros!

Frederico Nunes "Froids"

3 comentários:

  1. Estou completamente de acordo com os elogios mais que merecidos à organização. Quanto a ti, para a próxima dispensa os abastecimentos móveis 😉 preciso de ti em condições eheheh

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    1. Sem dúvidas!
      Tanto nos elogios, como para os abastecimentos "móveis" e de qualidade dúvidosa!

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  2. O SportpontoCome como organização das 3h de Resistência de BTT - Barcarena agradece a sua presença assim como os elogios que nos são feitos

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